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Os problemas podem ser bons?

Problemas geralmente são vistos de forma negativa dentro das empresas

Problemas geralmente são vistos de forma negativa dentro das empresas. No entanto, eles também proporcionam crescimento aos colaboradores, já que esses profissionais vão em busca da resolução dos problemas, o que resulta em crescimento profissional e financeiro, alavancando a carreira.

Quanto mais as pessoas resolvem problemas com rapidez e assertividade, mais seu grau de competência cresce. Assim, os desafios acabam se tornando a sua marca dentro da empresa. Profissionais de alto nível não ficam em empresas que não os desafiem; eles precisam de desafios constantes e, quanto mais estes forem complexos, maior a satisfação.

Normalmente não há tempo hábil para resolução dos problemas. Cada profissional sofrerá pressão de seu superior hierárquico e também da empresa. Assim, para se sobressair, é nesse momento crítico que o profissional precisa ter um equilíbrio emocional bem desenvolvido.

O profissional que as empresas buscam para resolução de problemas, independentemente da área em que atua, é o que tem coragem de enfrentar desafios.

No mundo em que vivemos, a tendência é surgirem mais problemas para os quais ainda não temos a solução. Por outro lado, problema é sinônimo de oportunidade para os otimistas e empreendedores.

No mundo moderno, os profissionais continuam com o conceito de que devem se blindar em relação aos problemas e dificuldades. Sempre procuram se defender, ou simplesmente dizer que os problemas não existem; e, quando assumem que eles existem, querem achar os culpados e não tratar as causas. Podemos até nos preocuparmos posteriormente em verificar quem gerou o problema, mas a título de aprendizado e não punição.

As desculpas sempre surgem quando os profissionais são questionados em relação aos problemas. Sempre se justificando. O ponto é: quando temos um problema, vamos tratar as causas, assim os problemas não irão se repetir.

Se o problema existir, é preciso assumi-lo. Essa responsabilidade e conduta ética levarão o profissional para o sucesso e crescimento; caso contrário, virá o fracasso e até o retrocesso em alguns níveis na carreira, levando-o a se recolocar. Assumir, tomar decisão, cumprir com as obrigações são para poucos.

O que sempre faço questão de mencionar, é que todos querem direitos, mas os deveres muitas vezes ficam para trás. Exemplo: tenho uma reunião às 14h00 com a diretoria da empresa, devo chegar às 13h45 no máximo, isso é sinônimo de comprometimento (não somente no momento da reunião, mas marca seu perfil dentro da empresa). Se eu chego às 14h10, é algo deselegante, que acarreta prejuízo para a empresa. Por quê? Se é uma reunião com gerentes e diretores, por volta de 10 profissionais, quanto dinheiro está parado esperando por uma única pessoa? Isso é ponto negativo e começa um caminho para ladeira, o fracasso. As pessoas começam a ver você com outros olhos, com falta de respeito, com falta de pontualidade, entre outros.

A atitude mais bonita de um profissional é assumir que errou e corrigir esse erro. No dia a dia, muitas vezes há profissionais que não enxergam que estão fazendo algo errado e insistem nesses erros, os quais, em geral, são básicos perante a um mercado exigente e competitivo.

Algo que muito me impressiona negativamente é que alguns profissionais, ainda que orientados e alertados por outros tais como o superior hierárquico, o colega, etc., erram mas não mudam suas atitudes. Insistir no erro não é uma atitude inteligente. Às vezes o profissional segue uma rota que não o leva a lugar nenhum e, pior, que pode estar atrapalhando o seu crescimento e evolução, por isso a importância da metodologia de Coaching. O Coaching mostra o caminho e coloca o profissional em outra rota, a correta, onde ele gostaria de chegar.

Os profissionais precisam de um olhar diferente para os problemas, satisfação em resolver, e não algo carregado, uma penitência. Quando eu não resolvo um problema, significa que não tenho conhecimento, competência, habilidade e inteligência para solucioná-lo. Se eu fosse definir inteligência seria com uma frase simples: capacidade de aprender rapidamente. O profissional, quando não resolve, começa com frases como “eu não me importo com os meus resultados, muito menos com os da empresa”, “eu não gosto de trabalhar aqui”, “o que importa é a minha remuneração”. Pensamentos assim eram colocados discussão em meados de 1800; ou seja: esse profissional parou no tempo.

Crescer profissionalmente e na sua carreira, ouça seus colegas de trabalho, independentemente do nível hierárquico em que está. Nunca deixe de ser curioso, buscando sempre inovação, pesquisando o que for possível para resolução do problema, participe ativamente das metas e objetivos da empresa, cresça junto com ela.

Frase para reflexão: não tenha medo de fracassar, tenha medo de não tentar.

Sergio Henrique Miorin é professor da IBE-FGV, diretor geral da SM - Consultoria, Treinamentos e Palestras, colunista no Jornal de Valinhos, consultor de empresas e professor em diversas outras instituições de ensino, em cursos técnicos, graduação, pós-graduação especialização e pós-graduação especialização MBA como Metrocamp/IBMEC, Unisal, FAJ e Grupo Anhanguera.

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